quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Novas tendencias do Google






O que o Google está fazendo de mais novo e interessante em publicidade online?
Estamos atuando em várias frentes. O que é mais interessante neste momento é trabalhar com as agências publicitárias para fazer a tecnologia influenciar no processo criativo o mais cedo possível. Antes, o Google costumava se concentrar nas propagandas feitas a partir dos resultados de seu mecanismo de busca – ainda incrivelmente importantes -, mas agora estamos passando muito mais tempo trabalhando na construção de marcas, aproveitando produtos como o YouTube. O Google quer fazer a web funcionar para os anunciantes. E nós temos uma série de plataformas para fazer isso.

Como vocês têm feito para vender essa nova abordagem às agências?
No Vale do Silício, por exemplo, as startups estão se comportando de uma maneira diferente. Elas estão muito mais rápidas em levar seus produtos ao mercado. As startups não têm medo de lançar uma mercadoria num estágio ainda inicial para ter um retorno em tempo real do consumidor. Elas não estão gastando tanto tempo em tentar fazer tudo perfeito. O que estamos falando para as agências publicitárias é parecido. As agências abordam tradicionalmente a criatividade de uma forma épica: é gasto muito tempo e dinheiro na busca da idéia perfeita. O melhor exemplo disso nos EUA é o espaço publicitário de 30 segundos durante o Super Bowl [a final do campeonato de futebol americano, responsável pelas propagandas mais caras da TV no ano] . O que estamos dizendo é: adote alguns daqueles princípios do Vale do Silício, e seja muito mais experimental. A tecnologia permite que você ganhe acesso a muitas informações do consumidor, enquanto você ainda está criando seus produtos e serviços. Você não precisa sentar em uma sala por meses e meses até ter a ideia perfeita. As empresas podem ir ao mercado muito mais rapidamente e aprender com isso.
O senhor poderia dar um exemplo de uma campanha publicitária online para a construção de marca na qual o Google participou?
O melhor exemplo é uma campanha da Coca Cola . A estratégia era passar a mensagem de que a Coca une as pessoas ao redor do mundo. Para isso, criamos um banner interativo. Por meio dele, o internauta podia literalmente mandar uma mensagem e uma Coca para outras pessoas ao redor do mundo. Colocamos máquinas em diversos lugares na Europa, na África e na Ásia. O consumidor escrevia a mensagem e mandava o pedido de uma Coca para uma dessas máquinas espalhadas pelo globo. Um perfeito desconhecido do outro lado do mundo pegava a Coca e podia responder à mensagem de quem havia enviado o refrigerante. Essa campanha usou diversas formas de tecnologia, e é um grande exemplo de como você pode contar uma história e criar vínculos emocionais com o consumidor, o que as agências fazem como ninguém. E agora nós temos um novo kit de ferramentas para ajudá-las.
Esse tipo de comercial deve se tornar mais importante para o Google do que as propagandas vindas do mecanismo de busca?
Sim. Temos hoje diversas ferramentas, além do mecanismo de busca: YouTube, Android, Chrome e Google +. O Google permite a um anunciante, portanto, conectar-se de forma única a um consumidor, onde quer que ele esteja. É nisto que estamos focados. Em um período curto de tempo, deixamos de oferecer apenas uma única solução, que era basicamente vinda da busca, para termos um cenário bem mais amplo, com várias opções. Temos também outros produtos como Google Maps e o Google Earth que são incrivelmente poderosos em termos publicitários, com os quais as agências podem criar experiências interessantes de uma maneira não esperada.
Existem dificuldades tecnológicas que impeçam campanhas mais criativas na internet?
Se você lembrar de dez anos atrás, vai ver como eram horrorosas as primeiras campanhas publicitárias para a web. Antes, a nossa criatividade estava à frente da tecnologia. Existiam muitas coisas que queríamos fazer e não podíamos, porque a tecnologia não permitia. Agora, eu defendo que a tecnologia está à frente da nossa criatividade.
Quanto da receita de publicidade do Google vem do mecanismo de busca?
A maioria ainda vem do mecanismo de busca, mas se você olhar para a trajetória da receita vindo dos nossos outros negócios, verá que ela apresenta um crescimento meteórico, especialmente em países como o Brasil, onde as coisas estão pegando fogo. Nos próximos anos, veremos uma diversificação dramática da nossa base de receitas publicitárias com a inclusão de outras plataformas além das buscas.
fonte. época negócios.

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